Como diria o meme: “isso é muito Black Mirror”. Essa frase define a ação da Receita Federal com quem tem uma vida de luxo nas redes sociais, mas no Imposto de Renda se declara miserável. Desde 2016, os fiscais da instituição cruzam os dados do contribuinte com o que é compartilhado na internet.
Por ser uma ótima ferramenta para dividir momentos, essas redes podem distribuir informações sensíveis ou comprometedoras do usuário. E é justamente essa facilidade de acesso que é usada pela Receita para saber se o usuário está ou não mentindo para o Leão.
Ou seja, os auditores podem estar de olho naquele check-in em um local chique ou naquela selfie com lanchas e carrões em meio ao glamour que não esteja declarado.
O processo de verificação é realizado em um ambiente de segurança máxima, onde supercomputadores são programados para identificar casos suspeitos de fraude. Partindo desses dados, caso seja detectado um golpe, os fiscais começam a busca de informações dos contribuintes pela internet.
Para proteger as investigações, a Receita Federal não divulga detalhes, mas segundo eles 2 mil tributários já foram flagrados se exibindo nas redes. Porém, não para por aí, pois o contrário também acontece! Um exemplo é o de uma pessoa que declarou R$ 100 milhões como patrimônio, mas ao mesmo tempo postou fotos em um churrasco na laje. Esse era o caso de um “laranja”.
No momento, esse cruzamento de dados é o principal foco da Receita para identificar fraudes cometidas por quem não resiste em publicar ostentação. Mas afinal, quem não deve não teme, certo?